Sei que estava devendo a parte 2 da hilariante estória do bichinho na boca.
Mas, como já disse antes, eu não tenho muito paciência de ficar escrevendo no blog.
Hoje estou com disposição, então vamos lá...
O fato não é recente mas é verídico, sem nenhum exagero!
Para que você não fique meio perdido, recomendo que leia a postagem bichinho na boca parte 1.
Era mais um final de tarde de março. Finalmente o ano estava começando, e assim o ano escolar. Lá ia a mamãe buscar o filhinho na escola. Já havia passado umas 3 semanas do episódio do bichinho na boca, ocorrido na viagem do carnaval.
Estava eu na porta da escola, quando a recepcionista veio com o Thales na mão. Eu já ia levá-lo quando ela me chamou para dentro, fazendo um sinal que precisava falar comigo. A expressão dela era muito preocupada, e vc pode imaginar como eu me senti naquele momento. Pensei -" o que será que esse menino aprontou?"
Vou tentar repetir o diálogo mantido entre mim e ela:
- Ah D. Flávia, hoje aconteceu uma coisa muito estranha ! Thales ficou meio esquisito, ele de repente começou a chorar bastante nervoso, e lambia a mão da professora e gritava que era para tirar da boca dele alguma coisa. Ficamos muito assustados. Abrimos a boca dele, examinamos e não percebemos nada de anormal. mas, ele não parava de chorar e lambia a mão de todo mundo chorando e gritando para tirar a coisa da boca dele.
Eu ouvia um pouco apreensiva a explicação, porque acreditem, eu ainda não havia atinado e correlacionado o fato com o ocorrido em Miguel Pereira. E ela continuou:
- Cogitamos muitas coisas: será cabelo na boca? Dente mole? Engoliu o dente? Engoliu tampa de caneta?
- D. Sandra ( diretora) pediu que fosse visto na cozinha se a comida que ele almoçou estava quente demais. A moça assegurou que não. A professora dele estava preocupada, porque ele nunca tinha feito isso. Durante toda essa averiguação, Thales continuava a gritar e chorar e lambendo a mão das tias. E gritando: "Tira, tiraaaaaaaaa!!
-Daí veio a ideía de chamar a Urmes. A médica examinou ele, os dentes, a língua e assegurou que não havia nada com o menino. Então levaram o Thales de volta para a sala.
Comecei então vagamente a lembrar da paranóia...Mas ela continuou a narrar...
- Só que aí a Bianca (tia) veio com ele pela mão e ele lambendo a mão dela desesperado gritando o tempo todo "Tira...Tira!!!"
Confesso que nessa hora comecei a imaginar as cenas... o choro dele, o desespero das pessoas, a médica examinado, a lambeção de mãos alheias, e não consegui me conter e caí na gargalhada.
Gente, gargalhada mesmo! Aquela que a gente se dobra de rir, perde a respiração e não consegue falar. E o pior, e que a menina me olhava com uma cara muito apavorada, porque ela estava me contando algo muito sério que tinha acontecido com o meu filho, passaram uma tarde tortuosa tentando identificar o problema, e agora a mãe da criança estava ali diante dela as gargalhadas, como uma alucinada mental.
Eu tentava me explicar, mas não dava...ria muito, aquele riso descontrolado. Chorava de rir...
E ela séria. Acho que ela pensou: Caraca, a mãe do menino é maluca! Histérica, demente!
Juro que isso deve ter durado uns 5 minutos. Daí até ela começou a rir. Era uma cena hilária. As duas riam, riam. Na verdade, eu gargalhava, e ela ria nervosamente. Acho que naquele momento, ela riu com medo de mim, de eu ser uma psicopata, então ela preferiu entrar no meu jogo.
Passado o tempo, eu consegui explicar a ela.
- Sabe Elen, não é nada demais não. É que o Thales ficava botando a boca em tudo, e eu expliquei a ele que havia bichinhos que entravam na barriguinha dele e faziam mal . Mas ele não digeriu muito bem essa mensagem!
Ela sorriu amarelo, e disse:
-Que bom que não é nada sério!
Mas aposto que ela deve ter pensando: Mãe maluca, fica enfiando caraminhola na cabeça do garoto, e a gente aqui é quem paga o pato!!
E lá fomos nós: mãe neurótica e alienada, com seu bacuri pancadinha felizes da vida!!
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